O corpo de dona Zilda Arns, coordenadora internacional e criadora da Pastoral da Criança deve deixar a capital do Haiti, Porto Príncipe, ainda nesta quinta-feira (14). O corpo da médica e sanitarista, que está na base do Exército brasileiro, será transportado por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Devem retornar, no mesmo avião, o ministro da Defesa, Nelson Jobim,os comandantes da Marinha, Almirante Júlio Soares de Moura Neto, e do Exército, General Enzo Martins Pery, além de Rogério Sotilli, secretário executivo da Secretaria Especial de Direitos Humanos, representantes do Ministério da Saúde, do Ministério das Relações Exteriores e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, além do senador Flávio Arns (PSDB-PR), sobrinho da criadora da Pastoral da Criança, que fazem parte da comitiva brasileira que viajou ao Haiti na quarta-feira (13), e uma freira que havia viajado com Zilda Arns.
O corpo de Arns deverá chegar no início da madrugada desta sexta-feira (15) em Brasília e seguirá para Curitiba, onde será sepultado. O velório será no Palácio das Araucárias, sede do governo paranaense.
Aviões da FAB levarão equipamento para montar hospital
Duas aeronaves da FAB decolam nesta noite da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com medicamentos, ao menos 50 profissionais – médicos, enfermeiros, dentistas e paramédicos –, e equipamentos para montar um hospital de campanha em Porto Príncipe e atender até 500 pessoas por dia. Um terceiro Hércules C-130 está sendo preparado e pode decolar ainda na noite desta quinta-feira (14).
Segundo o brigadeiro-médico José Maria Lins Calheiros, a equipe médica vai permanecer por pelo menos três semanas no Haiti. “Parece que o cenário é pior do que já vimos em outras tragédias. Vamos encontrar o caos. Nosso plano é ficar esse tempo, mas pode estender, com mais suprimento, se houver necessidades”, disse o oficial da Aeronáutica.
Ajuda internacional
De acordo com informações de agências internacionais de notícia, em três dias as doações anunciadas por vários países, além do FMI e Banco Mundial, ao Haiti chegam à pelo menos US$ 350, 3 milhões.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, anunciou a contribuição brasileira de US$ 15 milhões, além de alimentos e profissionais da saúde. A Organização das Nações Unidas (ONU) vai liberar US$ 10 milhões ao Haiti dos fundos de emergência.
O FMI anunciou que doará ao país devastado pelo terremoto US$ 100 milhões e o Banco Mundial também ofereceu a mesma quantia para ajudar na reconstrução no país. O presidente Barack Obama anunciou que os Estados Unidos doarão além de US$ 100 milhões, barcos, helicópteros, aviões, porta-aviões e 2 mil militares que ajudarão na reconstrução do Haiti.
A União Europeia e a Espanha anunciaram que enviarão ao país US$ 4,3 milhões cada, a Inglaterra vai doar US$ 10 milhões, a Holanda enviará US$ 2,9 milhões, a Alemanha vai contribuir com US$ 2,18 milhões e a Itália com US$ 1,46 milhão. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou US$ 200 mil para a compra de alimentos, água potável, medicamentos e abrigos temporários.
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