sábado, 20 de fevereiro de 2010

“Justiça”: Assassino de João Hélio está solto


Mais uma pérola da nossa nobre “justiça”. Um dos quatro assassinos do menino João Hélio, de 6 anos – morto ao ser arrastado por 7 km pela Zona Norte do Rio, após um assalto na noite de 7 de fevereiro de 2007 – foi solto por cumprir 3 anos de medida socioeducativa. O menor, à época da barbárie, Ezequiel Toledo de Lima foi solto no último dia 10 depois de completar a maioridade.
No ano passado foi constatado de que era necessária a manutenção da internação de Ezequiel com avaliações pedagógicas e psicossociais. Na última avaliação o juiz da Vara de Infância e Juventude, Marcius da Costa Ferreira, disse que seria preciso mais tempo para que se convença das vantagens da mudança de vida, do voluntário afastamento do grupo a que está integrado, além da necessidade de que ele seja estimulado a participar de outras atividades e grupos socialmente saudáveis.
O juiz também recomendou o acompanhamento psicoterápico ao jovem criminoso e à sua família. E a família do pequeno João?
Outra medida extremamente ordinária tomada foi a entrada do jovem assassino ao Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte, que através da ONG Projeto Legal, ele teria sido, junto com sua família, levado para “recomeçar” a vida fora do país. Uma medida duplamente ordinária, já que ofereceram proteção a um NÃO adolescente e assassino de uma indefesa criança de 6 anos de idade.
O juiz também ressaltou que o “menor” teve mais de uma passagem pelo sistema socioeducativo e que se envolveu em ato contra a vida de uma agente.
Segundo a juíza que determinou a internação de Ezequiel, Adriana Angeli, ele precisou ser transferido algumas vezes para evitar qualquer tipo de agressão física ao menor por parte dos outros internos.
Diante dessa situação acredito cada vez mais de que um passo positivo que a Justiça dá, no dia seguinte ela recua o dobro. O assassino, Ezequiel Toledo de Lima, comandou duas rebeliões no centro de reabilitação que estava preso e quando confessou o crime tentou inocentar os outros três envolvidos no covarde crime, já que sendo o único menor de idade sairia cedo da cadeia. Essa é a nossa “justiça” que mais uma vez mostra a sua incompetência e ignorância. O juiz Marcius da Costa Ferreira, da Vara de Infância e Juventude, não tem culpa da soltura do marginal, já que está apenas cumprindo a lei. Devemos cobrar por mudanças no Código Penal dos nossos legisladores, nossos nobres senhores feudais senadores e deputados. Aliás, a Vara de Infância e Juventude serve única e exclusivamente para beneficiar e proteger o bandido menor de idade, os marginaizinhos, que sabem que podem matar, roubar, sequestrar, e que no final, talvez, passarão um, dois, três anos – no máximo – num centro de reabilitação, onde receberão comida, terão um lugar protegido do frio e da chuva para dormir. Tudo isso pago com o meu, o seu, o nosso dinheiro. Esse é o Brasil do Bric. Esse é o país da Copa. Esse é o país das Olimpíadas. Esse é o país onde o cidadão de bem tem que andar de carro blindado, morar em condomínios fechados, ficar trancado para proteção, enquanto jovens adolescentes ordinários e menores de idade fazem o que quer, porque estão amparadas pela vergonhosa e nojenta Vara de Infância e Juventude. Viva o Brasil. Viva nós brasileiros de bem. Viva a família de João Hélio, já que para um dos assassinos da indefesa criança, a “justiça” foi feita, por mais INJUSTA que tenha sido.

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