Nesta quarta-feira (5) a 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo determinou o bloqueio dos bens de dois filhos do deputado federal, Paulo Maluf (PP-SP), além de duas empresas ligadas ao ex-prefeito de São Paulo (Kildare Finance Limitec e Macdoel Investment Limited). A promotoria afirma que são negócios de fachada.
A assessoria de Paulo Maluf informou que vai recorrer da decisão e que a preservação dos bens da Eucatex, outra empresa da família, prova a inconsistência das acusações do Ministério Público de desvio verbas de obras públicas no período em que foi prefeito de São Paulo.
De acordo com o Ministério Público, US$ 330 milhões foram desviados de grandes obras da capital paulista, sendo que a metade continua escondida em contas no exterior. A outra metade, mais de US$ 150 milhões, percorreu por 50 contas ao redor do mundo e retornou para as contas de Maluf no Brasil. A promotoria informou que a volta do dinheiro foi feita por meio de empréstimo, compra de títulos e pagamentos adiantados em favor da Eucatex, no valor de US$ 166 milhões. A assessoria de Maluf disse que o aumento de capital da Eucatex foi aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e, portanto, é legal.
Na segunda-feira (3) o deputado federal negou ter contas fora do país: “Não tenho nenhuma conta fora do Brasil. Só tenho conta aqui no Brasil. Vou passar uma escritura pública, de cessão de direitos. Quem encontrar dinheiro meu fora do Brasil, o dinheiro é dele”.
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