sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O microvestido e o Congresso Nacional

Foto: Reprodução

O escândalo na Uniban, da estudante de Turismo que foi massacrada por usar um microvestido, foi destaque nos últimos dias e hoje voltou a ser pauta de alguns programas de TV, alguns sensacionalistas. O escarcéu feito pelos universitários foi desnecessário e tardio. Deveriam ter feito essa baderna durante a crise do Senado, o roubo das provas do Enem, enfim, mas nós estudantes de hoje não chegamos perto dos estudantes da geração de nossos pais e avós. Estudantes esses que enfrentavam a polícia violenta e repressiva na era militar. Lutavam pela democracia, liberdade e direitos civis. Hoje nós só queremos saber de passar o dia inteiro em frente aos nossos computadores, criar comunidades no Orkut como forma de “protesto” e teclar horas e horas pelo MSN.
Penso que durante os últimos escândalos no país esses estudantes estavam vidrados diante de seus Playstations, ou teclando, e de repente acordaram e foram fazer essa manifestação ridícula e “puritana”. Juntaram a fome e a vontade de comer, acrescentaram suas frustações contra os políticos do Brasil, humilharam e ofenderam a universitária de 19 anos. Simplesmente uma atitude de covardia, inveja, e atraso... mental. Uma coisa positiva que pode acontecer para a menina do vestido é receber um convite para integrar o elenco do surreality show rural, "A Fazenda".
Outro ponto que vale lembrar é o em relação à cueca vermelha que Sabrina Sato, do “Pânico”, fez o senador Eduardo Suplicy vestir. Os senadores, da oposição, acusaram o petista de quebrar o decoro parlamentar. Quebrar o decoro por usar uma sunga por cima da calça? E o caso Sarney? Foi o que? Não foi quebra do tão aclamado decoro? Qual o resultado? Pizza. Defendo veementemente o Suplicy. O nobre senador, cheio de coragem e simpatia como sempre, mostrou que no Senado não existem só os caras que se escondem atrás de atos secretos e seguranças.
Certamente o que contribui para a falta de atitude do e no Congresso Nacional é a ausência de uma mulher que suba a tribuna, ou pelo menos, caminhe pelos tenebrosos túneis encarpetados e cheirando a mofo do Senado federal vestindo um microvestido rosa. A senadora Marina Silva sobe a tribuna e caminha pelos corredores da Casa usando seus vestidos coloridos e estampados que cobrem até a canela. Talvez o dia em que a futura candidata a presidência da República decida colocar suas “canelinhas” de fora será um Deus nos acuda. Seria quebra de decoro parlamentar ou quebra da frigidez federal?
Está na hora de acordamos. Enquanto isso não acontece, eu vou voltar para o meu psicodélico mundo da imaginação. E viva o Brasil. Viva os sonhos do futuro.

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