quarta-feira, 22 de julho de 2009

Cartão corporativo será substituído por diária durante viagens

Foto: Reprodução/Internet

Nesta terça-feira (21) o ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, anunciou que foi assinado pelo presidente Lula um decreto criando diárias para viagens ministeriais pelo país. O suprimento de fundos, ou cartão corporativo, que era usado para o pagamento de hoteis, alimentação e locomoção das viagens dentro do Brasil será substituído pelas diárias.
“Não tem cabimento usar cartão corporativo para despesa de viagem a não ser que tenha despesas para um evento, digamos, vai alugar um salão para um evento, ou precisa de uma sala para entrevista”, disse o ministro do Planejamento.
A decisão foi uma das recomendações com a conclusão, no ano passado, da CPI dos Cartões Corporativos. Desde 2008 o governo estuda a substituição, mas tinha como “maior problema” a diferença de custos entre as capitais e cidades do interior. O valor das diárias irá variar, de R$ 458 a R$ 581, conforme o destino do ministro, que explicou que o governo pesquisou por todo o país valores de hospedagem e alimentação.
Como no país do Bric tudo é para rir, a diária é mais alta do que o valor do salário mínimo.
O decreto foi publicado nesta quarta-feira (22) no Diário Oficial e a partir de então os ministros não poderão acessar o dinheiro do cartão corporativo para bancar suas viagens nacionais.
O ministro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, disse que o valor mínimo da diária para servidores subirá de R$ 85,00 para R$ 178,00, e o máximo de R$ 106,00 para R$ 224,00.
“Não terá mais necessidade de fazer despesa de viagem com cartão. Já não era permitido para nenhum servidor o uso de suprimento de fundos, seja com cartão ou conta como antigamente tipo B, já não era mais permitido porque tinha diária, a mesma regra vale agora para os ministros”, disse Hage. “O nosso pessoal tem esse problema permanentemente. Analistas e técnicos vão para a mesma cidade e recebiam diárias diferentes. Igualamos pelo nível superior”, completou o ministro.
Problema permanente? Permanente é o problema da classe C que nem em sonho pode fazer uma faculdade, se o ensino básico no país é uma m**da. Vá lá, se conseguem entrar na faculdade talvez nem terminem. Por quê? TRABALHO. Precisam trabalhar para se sustentar. Ai fica difícil. Ok, e se conseguem o diploma? Um novo martírio: arrumar um emprego digno que pague um salário merecedor para quem se esforçou tanto.
O reajuste das diárias dos servidores federais varia de acordo com a categoria e o IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo).
Sobre o orçamento, o ministro do Planejamento, afirmou: “Para esse ano, embora saibamos que terá impacto, recomendamos que seja o menor possível, porque não temos previsão de aumento desse orçamento, de limite para eles. Vai ter que adequar, fazer o número de viagens estritamente necessárias e ajustando isso”.
O aumento no orçamento do ano que vem será de aproximadamente R$ 200 milhões e este ano pouco abaixo dos R$ 100 milhões, segundo Paulo Bernardo.
Tudo isso? Para onde vão esses milhões? Não estou falando nada. Apenas recordando alguns gastos excessivos de certos ministros.
Ministros dos Esportes, Orlando Silva, afirmou que, entre 2006 e 2007, gastou R$ 30.870,38. Disse que devolveu cada centavo. O da tapioca, R$ 8,30, não precisava, aliás foi gasto com alimentação.
Lembram da ex-ministra Matilde Ribeiro, da Igualdade Social? Ex-ministra porque deixou a pasta no ano passado, após gastar com aluguel de carros e no free shop mais de R$ 110 mil no cartão corporativo.
O quê? A memória do brasileiro é assim mesmo. Na hora do caso, um escarcéu, depois, foi só mais um.
Voltemos a ministra. Ela justificou dizendo que foi induzida ao erro, que foi orientada para usar o cartão para despesas com alimentação, hospedagem e locação de veículos.
Que alimentação é essa? Caviar, salmão, lagosta, avestruz? Arroz, feijão, ovo frito e bife, acho que não foi? Ficou hospedada no Copacabana Palace? Alugou BMW, Mercedes... ou Ferrari? Garanto que não um Fiat Uno nem um Gol.
Já basta o que eles ganham mensalmente. Né não? Como diz José Simão, da “Folha”, é o país da piada pronta. Os valores usados pelos ministros em diárias serão divulgados no portal da transparência, assim como o uso das mesmas pelos servidores federais.
Mais um verbete do Macaco Simão: TRASNPARÊNCIA: empresa aérea do Sarney. Entendeu? Não? Mais direto, transporte de parentes.

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