segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Abuso sexual: Roger Abdelmassih é preso em São Paulo

Foto: Arquivo

O médico Roger Abdelmassih, especialista em reprodução assistida, foi preso pela Polícia Civil na tarde desta segunda-feira (17) em sua clínica na Zona Sul de São Paulo.
O juiz da 16ª Vara Criminal de São Paulo, Bruno Paes Stranforini, que aceitou as denúncias do Ministério Público do Estado de São Paulo decretou a prisão de Abdelmassih e instaurou processo criminal para analisar as acusações contra o médico.
Em julho passado o médico foi indiciado pela Polícia Civil por suspeita de estupro e atentado violento ao pudor contra suas pacientes.
Na última semana o Conselho Regional de Medicina de São Paulo abriu 51 processos ético-profissionais contra o Abdelmassih.
A assessoria de imprensa do Cremesp informou que a abertura dos processos foi decidida durante a reunião plenária do conselho na sexta-feira (7) e que os processos são individuais sendo relacionados a cada uma das vítimas que o denunciaram ao Cremesp.
Os processos se originaram de sindicâncias abertas conforme as denúncias das pacientes e como a quantidade de sindicâncias abertas era muito grande o conselho decidiu transformá-las em processos. De acordo com o órgão, a pena máxima é a cassação do registro profissional, que precisa ser referendada pelo Conselho Federal de Medicina.
Segundo a Promotoria, os ataques aconteciam quando as pacientes estavam voltando da sedação ou mesmo sem estarem sedadas quando não havia outra pessoa no consultório.
A Justiça não aceitou a denúncia da Promotoria em 2008 alegando que os promotores não tinham poder para investigar e o caso foi encaminhado à polícia.
As investigações do caso começaram no início do ano passado, após as denúncias das ex-pacientes que foram encaminhadas ao Ministério Público. A maioria das pacientes tem idades entre 30 e 45 anos e são de vários de estados do país. Há relatos de 2005, 2006 e 2007, sendo o mais antigo de 1994. Algumas vítimas procuraram a polícia na época do acontecimento, mas a maioria só se manifestou após a imprensa divulgar alguns relatos.

Nenhum comentário: