quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Mercadante adia pronunciamento sobre saída da liderança do PT


No início da noite desta quinta-feira (20) a assessoria do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do partido no Senado, informou que o seu pronunciamento oficializando sua saída do cargo foi adiado para sexta-feira (21) para que ele tenha uma conversa com o presidente Lula que está no Rio Grande do Norte.
Através do Twitter, o senador informou no início da tarde que o presidente queria conversar com ele pessoalmente. “Recebi telefonema do ministro Múcio [das Relações Institucionais], avisando que o presidente Lula quer conversar comigo pessoalmente antes do meu pronunciamento... Estou aguardando a chegada dele, que está em viagem. Devo isso a ele, pela nossa história em comum e meu compromisso com o governo”.
Na terça-feira (18) o senador havia dito que se recusava a participar da manobra política que beneficiaria Sarney na reunião do Conselho de Ética de quarta-feira (19).
“Eu me recuso a fazer este tipo de coisa. Só se for com outro líder. Eu coloco meu cargo à disposição”.
O processo da crise no Senado foi desgastante para o petista que queria pelo menos a investigação contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), sobre o pedido de emprego para um namorado de sua neta.
“Eu subo hoje à tribuna para apresentar minha renúncia da liderança do PT em caráter irrevogável”, disse Mercadante no Twitter. O aguardado pronunciamento estava marcado para às 15h desta quinta.
O petista se recusou a participar da manobra que indicaria Roberto Cavalcanti (PRB-PB) e Romero Jucá (PMDB-AP) para o Conselho em vagas do bloco liderado por ele.
O governo tinha duas vagas titulares no Conselho de Ética não ocupadas, já que após a eleição de Paulo Duque (PMDB-RJ) para a presidência os senadores João Ribeiro (PR-RO) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) decidiram deixar o órgão. Desta forma os dois primeiros suplentes, Delcídio Amaral (PT-MS) e Ideli Salvatti (PT-SC), deveriam votar no Conselho. Os senadores têm se mantido longe do assunto e para não serem obrigados a votar a favor de Sarney queriam ser substituídos. Eles disputam nas eleições de 2010.

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